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Dia Nacional de Combate ao Fumo: crianças e adolescentes são as principais vítimas

agosto 29, 2019 - Jorge

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Em 29 de agosto comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com o objetivo de divulgar e alertar à população no dano causado pelo tabagismo, bem como orientar para o controle do fumo. A Sociedade Paranaense de Pediatria, na 2ª feira (26/08/2019) apoiou o evento que foi realizado no Centro da Juventude do bairro Uberaba de Curitiba, visto que o tabagismo é uma doença pediátrica, segundo a Organização Mundial da Saúde, uma vez que a maioria dos fumantes se torna dependente antes 19 anos de idade. A exposição ao fumo durante a infância traz consequências para a vida toda. Ainda de acordo com a OMS, o hábito de fumar é responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Fumar durante a gravidez pode provocar abortos espontâneos, partos prematuros, recém nascido com baixo peso, mortes fetais e natimortos. O tabagismo materno foi o principal fator de risco para o declínio acelerado da função pulmonar em coortes acompanhadas até a vida adulta. Quando a mãe fuma durante o aleitamento, a criança recebe nicotina por meio do leite, podendo levar à intoxicações com agitação, vômitos e taquicardia.

Quando o fumante é a mãe/pai e/ou o cuidador de uma criança, chamado tabagismo passivo, esta possui maior risco de quadros respiratórios agudos – como otites, tonsilites,exacerbações de sibilância e pneumonia – e maior necessidade de atendimentos em pronto socorro e antibioticoterapia quando comparadas às crianças não expostas. A exposição passiva à fumaça de cigarro em crianças pode aumentar o risco de morte por doença pulmonar obstrutiva crônica na vida adulta mesmo que estes nunca tenham fumado. Ainda sugere-se que o tabagismo passivo em lactentes esteja associado a menor capacidade intelectual, maior risco de morte súbita e comprometimento imunológico.

Narguilé
Os adolescentes são mais vulneráveis ao uso do tabaco, pela curiosidade de experimentar novas sensações e a necessidade de afirmação no grupo que participa. Assim, a dependência à nicotina se estabelece no adolescente consumidor e favorece à aquisição de outros comportamentos pouco saudáveis. O crescente uso de nicotina por meio de narguilé e cigarros eletrônicos (e-cigs, e-cigarettes) vêm ganhando adeptos com uma velocidade assustadora, pois estes dispositivos apresentam aromatizantes mascarando a presença da nicotina.

Para as ações de 2019, o tema escolhido pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) foi Tabaco e saúde pulmonar – o uso do narguilé a fim de advertir a população brasileira sobre os riscos de doenças pulmonares oriundas do consumo de tabaco e de seus produtos derivados, incluindo, o narguilé.
Oriundo do Oriente, o narguilé, também conhecido como ‘xixa’,está se tornando cada vez mais popular no Ocidente. O problema, de acordo com os especialistas, é que a grande maioria que utiliza não sabe o quão prejudicial ele pode ser. O dispositivo apresenta 2,5 vezes a quantidade de nicotina no cigarro e 10 vezes mais monóxido de carbono. Além de que o narguilé não é capaz de filtrar fumaça, aumentando o consumo de algumas das substâncias nocivas contidas no tabaco.

Como o álcool, a cocaína e outras, a nicotina cria dependência química, dificultando o fim do seu uso, mas numa escala ainda maior. Uma em cada 100 pessoas que usufruem de bebidas alcoólicas se tornam alcoólatras – enquanto isso, 90 em cada 100 pessoas em contato com a nicotina se tornam dependentes. Por isso, faz-se necessário conscientizar a população do perigo que o narguilé pode representar. O uso inconsciente deste aparelho na juventude pode ser o pontapé inicial para a dependência química.

O problema do fumo não está apenas na nicotina, mas nas demais substâncias presentes no cigarro ou narguilé que podem causar a médio/longo prazo câncer na boca, laringe, esôfago, pulmão, e de bexiga, além de infarto do miocárdio.

Jorge

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