dezembro 20, 2024
Clube da Dermatite Atópica – Confira a agenda de reuniões para 2025
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Sociedade Paranaense de Pediatria
Esta exposição que terá início no dia 12 de outubro no piso L3 do Shopping Muellere, retrata crianças atendidas no Serviço de Dermatologia Pediátrica do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR e visa trazer uma reflexão sobre as doenças de pele e o seu impacto no convívio social e nas relações familiares. Mostra, ainda, a vivência dos pacientes em forma de arte e sua experiência na jornada do controle de suas doenças de pele. Agradecimento especial aos parceiros (Shopping Mueller, Associação dos Amigos do HC) e, principalmente, aos participantes dessa exposição. Mais do que pacientes, são crianças espetaculares nos fazem aprender todos os dias sobre perseverança, otimismo e superação.
LISTA DAS DOENÇAS
1) Dermatite atópica: É a dermatose mais comum nas crianças, afetando até 20% delas. Trata-se de uma doença inflamatória crônica e recidivante, de etiologia multifatorial, e não contagiosa. É causada por fatores genéticos, ambientais, psicológicos e resposta imunológica exacerbada, levando à inflamação da pele, coceira e diminuição da qualidade de vida. As lesões são avermelhadas e descamativas, com coceira intensa que afeta a execução das atividades diárias e o sono. As alterações da barreira cutânea e da imunidade da pele, determinam maior número de infecções cutâneas, o que exacerba a doença e dificulta a resposta ao tratamento. Pode estar associada a outras doenças alérgicas como a rinite, a asma ou a alergia alimentar.
2) Vitiligo: Doença autoimune não contagiosa e causada pela destruição das células que conferem cor à pele (melanócitos). Pode iniciar em qualquer idade, sendo que 1/3 dos casos começa na infância e pode estar associada a outras doenças autoimunes, como problemas de tireoide, alopecia areata e diabetes melito tipo 1. Caracteriza-se por manchas brancas (acrômicas), assintomáticas, que podem ser localizadas ou disseminadas.
3) Ictiose: Grupo de doenças causadas por alterações genéticas, não contagiosas, que cursam com alteração na queratinização, resultando em espessamento da pele, descamação anormal e formação de escamas espessas e aderentes. As formas mais graves da doença, como a Ictiose Lamelar pode se apresentar ao nascimento sob a forma de bebê colódio (o bebê é revestido por membrana brilhante semelhante a um filme plástico, com eversão das pálpebras (ectrópio) e dos lábios (eclábio). Após semanas, a membrana é substituída por pele espessa, com escamas escuras, poligonais e aderentes que lembram escamas de peixe, em algumas formas como na forma Arlequim a pele pode ser mais avermelhada.
4) Alopecia areata: Doença autoimune de início na infância e adolescência, caracterizada por perda súbita de pelos no couro cabeludo e, às vezes, em outras partes do corpo. Não deixa cicatrizes, e na maioria das pessoas, o cabelo volta a crescer espontaneamente nas áreas afetadas, embora esse processo possa levar meses ou anos. Os fatores de risco envolvidos em seu desenvolvimento são o fator genético, fatores imunológicos, presença de outras doenças autoimunes, fatores psicogênicos, entre outros. A alopecia areata não causa dor física nem é contagiosa. No entanto, os efeitos psicossociais da perda de cabelo podem ser significativos.
5) Síndrome de Sturge-Weber: é uma alteração vascular congênita rara, caracterizada por mancha vinhosa na face (denominada mancha vinho do porto), associada a malformações vasculares que afetam o cérebro e os olhos, levando a convulsões, atraso neuropsicomotor e elevação da pressão do olho (glaucoma). Os médicos suspeitam e investigam essa síndrome em crianças se observam a mancha de nascença característica. O tratamento precoce e o acompanhamento multidisciplinar podem evitar ou postergar as complicações.
6) Mastocitose: Doença causada pelo acúmulo de células denominadas mastócitos na pele e em outros tecidos. Na infância se manifesta principalmente por manchas acastanhadas ou avermelhadas na pele, localizadas em qualquer região da superfície corporal e está presente ao nascimento ou surge nos primeiros meses de vida. A doença na infância costuma ser benigna e autolimitada, porém o acompanhamento por equipe especializada é importante.
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